Viajei: SOCORRO — São Paulo 2023: Episódio III (Ida)

Então, depois de cinco anos, aconteceu. Voei.

 
 

Cá estou eu em São Paulo (moro em Salvador). Cheguei três dias atrás. Completamente dopado. Só assim para voar.

Sobre o voo, melhor vocês assistirem o video que postei no Instagram — fiz com todos os detalhes. Foi difícil gravar com tanto remédio na cabeça. Mas deu tudo certo.

Nesse relato, vou me concentrar mais nos momentos antes do voo. Difícil mesmo está sendo decodificar o que anotei. Olha, não da pra entender muita coisa. Arqueólogos desvendando hieróglifos devem ter mais facilidade que eu agora. Mas vamos lá.

Dormir na véspera foi um parto. Fechei os olhos meia-noite e às 2h30 já estava acordando para ir ao aeroporto. Levantei-me da cama completamente grogue, claro. E com aquela sensação de estar fazendo algo contra a própria vontade. Ainda deu tempo de lavar uns pratos sujos que repousavam na pia. Sei lá, vai que dá azar deixar pro marido lavar. Loucuras da cabeça? Com certeza. 

Lá vamos pegar minha mãe (que está aqui em São Paulo comigo). Ela mora perto, mas tem dificuldade de locomoção. Ou seja, tive de, grogue de sono, entrar na garagem que, olha, nem vou contar como é aquela garagem só pra não passar raiva de novo. Acho que até entrar lá com carrinho de controle remoto deve ser difícil.

Com a ajuda dos santos e orixás, cheguei ao aeroporto internacional Luís Eduardo Magalhães. Que tem esse nome terrível, mas originalmente (e no coração dos baianos) é o Dois de Julho, data da independência da Bahia em 1823. Só sei que estávamos um pouco atrasados e foi aquela correria, por isso não tem vídeo no aeroporto. E nessas horas é sempre um sufoco, aquele caos “gostoso”: pega documento, pega cartão de embarque, licença, senhor, pessoa em cadeira de rodas passando. Aí despacha mala, anda quilômetros com a mãe na cadeira “ótima” do aeroporto (nem lembrava disso, ainda bem que anotei), anda mais alguns quilômetros (meu Deus, não sei como consegui). Chegamos ao portão de embarque e as pessoas já estavam entrando (isso já me dá uma agonia, uma sensação de estar terrivelmente atrasado). Aff, esse estresse só faz aumentar meu pânico. E o calor? Parece que nenhum ar-condicionado dá conta. A suadeira é generalizada. 

Entro no avião.

Meu Deus.

Entrei com o pé direito? Não lembro.

Quero ir embora.

Cadeira na primeira fileira. Bom, tem mais espaço (pago, claro) para as pernas. Um pequeno luxo. Mas o assento é apertado que só. Sou um homem grande, 1,86 metro de altura e peso, bem, vamos pular essa parte. Suando que nem cuscuz nordestino com queijo coalho. E apertado na cintura. 

Pausa para dividir com vocês uma anotação um tanto quanto curiosa. Abre aspas. “Foto anel minha mãe tem as melhores histórias (fica o mistério)”. Fecha aspas. A anotação estava assim mesmo, sem tirar nem por. O que significa? Não faço a mínima ideia.

Olho a cara do povo entrando e se arrastando pelo corredor do avião. Todo mundo com semblante tranquilo. Ou será o sono de quem pega um avião super cedo?

E primeira fileira é aquela coisa: encarar a aeromoça sentada na sua frente: pânico ou alivio? Fica aí mais um mistério.

Fim das anotações. De nada mais me lembro. Na verdade, não me lembrava de nada, mas confio em minhas anotações (afinal, sou jornalista). 

O resto? Dá o play no vídeo lá no Instagram. Garante momentos legais.

Até a volta.

 
 

Este foi o Episódio III de uma série de postagens sobre minha viagem para São Paulo neste ano de 2023. Recomendo me acompanhar no Instagram, pois devo dar mais novidades por lá — em tempo real!

Para conferir o Episódio I, no qual eu conto dos vários pensamentos e sensações que me ocorreram no momento em que comprei as passagens desta viagem, é só clicar neste link aqui.

Para acessar o Episódio II, em que conto sobre a véspera da viagem, clica neste link aqui.

E fiquem de olho nos próximos episódios. Pois tudo que vai, volta! Terei que voltar para Salvador em algum momento, não é mesmo?