Belos e novos aeroportos que fazem a alegria dos amantes da aviação #04
Quando eu era pequeno, amava ver as chamadas para Retrospectiva do Ano da TV Globo (ainda existe?). Curiosamente, nunca vi o programa, talvez por ser em um horário muito tarde. Mas eu adorava ver aqueles resumos de trinta segundos, o que mais marcou nos 365 dias anteriores. Talvez por isso eu goste tanto de fazer essa matéria sobre os aeroportos lançados nos últimos meses. Agora, no virar da página do calendário, reuni algumas “estreias”. Detalhe: dos nove aeroportos elencados, seis são na Ásia, o que só comprova o crescimento do maior continente do mundo na aviação comercial e carga e sobretudo no turismo interno e externo, além das viagens de negócios. Sem mais delongas, vamos ao que interessa:
AEROPORTO INTERNACIONAL TECHO, EM PHNOM PENH (CAMBOJA)
Vamos começar em grande estilo. Em 9 de setembro passado, foi inaugurado o novo aeroporto de Phnom Penh, capital do Camboja, no Sudeste Asiático. O aeroporto internacional Techo custou US$ 2 bilhões (o equivalente a cerca de R$ 10,7 bilhões) e foi projetado pelo prestigiado escritório de arquitetura londrino Foster + Partners. Ele substituiu o antigo aeroporto internacional da cidade, que foi fechado e cujo destino é incerto. Techo fica a 25 quilômetros ao sul de Phnom Penh e seu desenho foi inspirado na cultura Khmer, mais especificamente nos cocares das dançarias Apsara. Com muita luz natural e buscando ser ecologicamente correto, ele é conectado ao centro da cidade por uma rodovia e um serviço de ônibus expresso, mas planos futuros incluem a construção de um trem. Atualmente está planejado para receber até 15 milhões de passageiros por ano, mas após futuras ampliações poderá alavancar esse número para 50 milhões ao ano. É uma meta ousada, dizem analistas, quando comparamos os atuais 2,5 milhões de turistas recebidos a cada ano com os vizinhos Vietnã (18 milhões) e Tailândia (32 milhões). Mas nem tudo são flores. As obras foram alvo de muitos protestos de agricultores locais por conta do impacto na região, como aterramento de canais de água e indenizações ínfimas para compra de terrenos com valores muito abaixo do mercado.
E não para por aí. Em matéria sobre o Techo, a CNN lembra que o aeroporto foi inaugurado apenas quatro dias após a Coreia do Sul emitir um “código preto”, um tipo de alerta para riscos envolvendo golpes e segurança no país. Analistas ouvidos pela rede estadunidense também mantêm cautela. Shukor Yusof, fundador da Endau Analytics, afirmou que só infraestrutura moderna não basta: “Vietnã e Tailândia oferecem mais em termos de cultura, gastronomia e, principalmente, segurança”, disse à CNN. Para ele, o Camboja ainda precisa superar a imagem associada a fraudes e tráfico humano. Em meados do ano, um turista sul-coreano morreu torturado no Camboja após ser atraído por ofertas de trabalho falsas. Mas voltando a falar de flores e não pesar tanto o clima, o aeroporto foi inaugurado com muita paz, com monges entoando cânticos ao redor da estátua dourada de nove metros de altura — e nove toneladas de peso — de Buda. Quem sabe uma ajuda divina alivie as coisas por lá. Em tempo: o Techo foi classificado com nível 4F, ou seja, sua pista por receber o maior avião comercial da atualidade, o Airbus A380.
2. AEROPORTO INTERNACIONAL JORGE CHÁVEZ, EM LIMA (PERU)
Quem também custou US$ 2 bilhões foi o novo aeroporto Jorge Chávez, em Lima, no Peru. Ele fica anexo ao antigo terminal, que será destinado apenas para atividades administrativas e de apoio às aeronaves. O atual aeroporto, inaugurado em junho, agora conta com uma segunda pista, e como o terminal fica no meio delas, podem ser usadas simultaneamente. O número de chegadas e partidas passou de 35 para 54 por hora, um crescimento considerável. Agora o Jorge Chávez conta com 46 pontes de embarque e uma capacidade de receber até 40 milhões de passageiros por ano, chegando a até 50 milhões de pessoas embarcando e desembarcando anualmente, após futuras ampliações. Assim, rivalizaria com grandes hubs da América do Sul, como São Paulo (Guarulhos) e Bogotá (El Dorado). Vamos pesar o clima? Vamos! Parece que nem tudo são flores por lá também. Houve atrasos na obra (pequeno, não chegou a um ano, mas a BBC encasquetou com isso) e a aérea de imigração vem recebendo críticas por ter sido supostamente mal projetada, levando a acúmulo de passageiros que pousam por na capital peruana.
Um ponto bizarro: não há acesso para quem chega a pé, só sobre quatro rodas. A previsão para consertar o equívoco? Só em 2028. Além disso, o pesado trânsito da região não foi resolvido com obras de mobilidade urbana, obrigando as pessoas a chegarem com bastante antecedência ao aeroporto. A imprensa peruana também destacou pontos positivos, como novos equipamentos para escanear bagagens de mão que permitem ao passageiro deixar os equipamentos eletrônicos dentro das malas e mochilas. Quem reside no país também poderá dar entrada no Peru apenas escaneando o documento de identificação. Para Norbert Onkelbach, diretor-presidente do Jorge Chávez, a meta é transformar Lima em um ponto de conexão entre as Américas. Ele cita que atualmente apenas 10% dos passageiros que chegam ao aeroporto fazem em seguida um voo de conexão; a meta é elevar esse número para cerca de 35%. A Latam é uma das empresas que usam Lima como ponto de distribuição de voos. Na matéria sobre a inauguração, a BBC ressaltou que a localização geográfica da cidade permite que as empresas aéreas operem a destinos do Canadá ao Chile e Argentina com aeronaves de fuselagem estreita (um corredor), possibilitando um melhor aproveitamento da frota sem a necessidade de recorrer a aviões maiores, normalmente usados em voos de longa distância. O veículo de comunicação inglês destaca ainda o clima da capital, caracterizado por uma quase completa ausência de chuva, o que facilita as operações e a pontualidade dos voos.
3. NOVO AEROPORTO DE GWADAR, EM GWADAR (PAQUISTÃO)
Vamos voltar agora à Ásia, mas mantendo o foco nas polêmicas (fazer o quê? Se as coisas acontecem, a gente reporta). Em janeiro, começou a operar o aeroporto internacional de Gwadar, no Paquistão. A cidade tem 70 mil habitantes. Custo? Não, não foram US$ 2 bilhões, mas sim a “pechincha” de US$ 240 milhões, o equivalente a R$ 1,28 bilhão. E de internacional, por enquanto, tem só o nome. Ele abriu as portas com um único voo, que pousava por lá uma vez por semana, com um ATR 72 da PIA (Pakistan International Airlines) com capacidade para 48 lugares. Agora parece que as coisas deram uma leve esquentada: são três voos semanais (bem, triplicou, pelo menos) para a cidade de Karachi, a mais populosa daquele país. Também é um aeroporto 4F, ou seja, pode receber aviões como o Airbus A380. A pista de pousos e decolagens é bem grande, com 3.658 metros de extensão. Para se ter dimensão da escala desproporcional, ele agora é o maior aeroporto do Paquistão, que tem uma população de 250 milhões de pessoas (mais que o Brasil).
Mas qual a pegadinha? O aeroporto foi construído com dinheiro chinês, e o grande dragão da Ásia está pondo em ação o corredor econômico China-Paquistão (CPEC), um conjunto de projetos de infraestrutura com o objetivo de conectar o porto de Gwadar à China por meio de rodovias, ferrovias e oleodutos. Mas, segundo matéria publicada pelo jornal The Times of India, muitos paquistaneses não veem ganhos com a iniciativa e o aeroporto grandioso, sobretudo em uma cidade tão pobre e parca em acessos à eletricidade e água potável. “É um aeroporto para a China, não para o Paquistão”, afirmou à Associated Press o pesquisador Azeem Khalid, especialista nas relações entre os dois países. Segundo a rede NDTV, a CPEC catalisou uma insurgência de décadas no Baluchistão, região rica em recursos naturais e estrategicamente localizada. Separatistas, revoltados com o que consideram exploração estatal em detrimento da população local, lutam pela independência, tendo como alvo tanto as tropas paquistanesas quanto os trabalhadores chineses na província e em outras regiões. Membros da minoria étnica balúchi do Paquistão afirmam sofrer discriminação por parte do governo e serem privados de oportunidades disponíveis em outras partes do país, acusações que o governo nega. O Paquistão, interessado em proteger os investimentos chineses — afirma o canal de notícias —, intensificou sua presença militar em Gwadar para combater a dissidência. A cidade virou um emaranhado de postos de controle, arame farpado, tropas, barricadas e torres de vigia. Estradas são fechadas a qualquer momento, vários dias por semana, para permitir a passagem segura de trabalhadores chineses e autoridades paquistanesas.
Quem diria: aeroportos também fazem parte da geopolítica global.
4. AEROPORTO INTERNACIONAL INDIRA GANDHI, EM DELHI (ÍNDIA)
Ainda na Ásia, mas agora sem polêmica — pelo menos até agora. No dia 25 de outubro de 2025 foi inaugurado o novo Terminal 2 do Aeroporto Internacional Indira Gandhi (IGI), em Nova Délhi. Fruto de uma grande reforma (a construção original datava de meados dos anos 1980), ele abriu para os passageiros com instalações aprimoradas e inclui recursos como despacho automático de bagagem (sem interferência de funcionários das companhias e diminuindo as filas), novas pontes de embarque (seis delas contam com tecnologia de acoplamento autômato, o que promete mais eficiência) e um balcão de informações virtual. Neles estão concentradas as operações com voos domésticos — vale lembrar que a Índia é a nação mais populosa do mundo, com quase 1,5 bilhão de pessoas, então o público local é enorme. De início, são 120 voos diários das empresas IndiGo e Air India para diversas destinações no país. Na parte de segurança, o novo terminal conta com sistemas avançados de inspeção de bagagem por raios-X Kritiscan Dual-View, tecnologia desenvolvida na Índia que fornece aos operadores duas perspectivas dimensionais do mesmo item, o que melhora significativamente a capacidade de identificar ameaças ocultas e reduz a necessidade de reposicionar ou reescanear a bagagem, aumentando a eficiência operacional. O terminal conta ainda com mais informações para passageiros, pois apresenta um novo Sistema de Exibição de Informações de Voo (FIDS) e balcões de informações virtuais para atualizações em tempo real. Eu particularmente achei lindas as representações das mudras, posturas das mãos do yoga (ver foto).
5. AEROPORTO INTERNACIONAL DE FOZ DO IGUAÇU, EM FOZ DO IGUAÇU (BRASIL)
Quem também abriu as novas portas para os passageiros em 2025 foi o aeroporto internacional de Foz do Iguaçu, no Paraná. Além de instalações maiores e mais confortáveis, houve outra novidade: finalmente a nova pista, inaugurada em 2021, foi homologada, o que significa que ela foi oficialmente inspecionada e aprovada por uma autoridade de aviação civil (no Brasil, a ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil) para operações de aeronaves. Com 2.705 metros de comprimento, a pista do aeroporto passa a ser a segunda maior da região Sul do Brasil (sendo a primeira a do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre). Isso permite a chegada de aviões maiores. A pista também recebeu sistema de pouso por instrumentos, garantindo mais precisão e segurança durante o pouso da aeronave, sobretudo com condições de baixa visibilidade, como neblina e chuva. No total, as reformas no aeroporto custaram pouco mais de R$ 390 milhões, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES). O terminal de passageiros, área de check-in e de embarque foram ampliados, bem como o pátio externo, que agora comporta até 13 aviões. Houve também a inauguração de um novo terminal de cargas. Segundo o Governo do Paraná, Foz do Iguaçu é o 3º destino brasileiro que mais recebeu eventos internacionais em 2024, ficando atrás apenas de São Paulo e do Rio de Janeiro. E segundo o jornal Gazeta do Povo, o principal do Estado, Foz do Iguaçu atingiu marca histórica de 5 milhões de visitantes por ano. Esse dado impressionante para o Brasil, diz o texto, é fruto de uma nova metodologia de contagem de visitantes. Historicamente, os números de visitantes na cidade eram baseados apenas na quantidade de entradas no Parque Nacional do Iguaçu.
6. AEROPORTO INTERNACIONAL NAVI MUMBAI, EM MUMBAI (ÍNDIA)
De volta à Ásia! E para a Índia novamente. Dessa vez com um aeroporto todo novinho. O Navi Mumbai (NMIA, da sigla em inglês) foi aberto em outubro deste ano (mas em esquema “soft open”, os voos começam a chegar agora no dia 25 deste mês). É o segundo aeroporto a servir a região metropolitana da cidade, que tem quase 22 milhões de habitantes — bem que o antigo Chhatrapati Shivaji Maharaj, que data de 1942, precisava de uma ajuda para absorver o crescente tráfego aéreo do país. A abertura oficial foi comandada pelo primeiro-ministro Narendra Modi. O belo prédio, situado a 40 quilômetros a leste do centro de Mumbai, foi inspirado em uma flor de lótus de vidro flutuando sobre as águas. A planta, que é associada à beleza, é símbolo nacional indiano. O design foi projetado pelo escritório inglês da arquiteta Zaha Hadid (1950–2016). O aeroporto é um dos maiores do país e tem capacidade para receber 20 milhões de pessoas chegando e partindo da cidade a cada ano. Mas o projeto prefere outras quatro fases futuras; no fim delas, o NMIA poderá receber até 90 milhões de passageiros, o que o tornará um dos maiores do mundo. Atualmente, o mais movimentado aeroporto é o de Atlanta, com 108 milhões de passageiros, seguido pelo de Dubai, com 92 milhões de viajantes. O NMIA tem quatro terminais atualmente e duas pistas paralelas. Em 2026 deve começar a ser construído um terminal exclusivo para receber autoridades, grandes empresários e celebridades (a conclusão desse espaço VIP está prevista para 2030). O aeroporto também contará com uma coleção de arte inspirada na história e cultura de Maharashtra, estado no qual se encontra Mumbai. Essas obras serão exibidas em dois museus (atualmente em construção).
Só para não dizer que só falei de flores (de lótus?): a construção do aeroporto também foi envolta em controvérsia, sobretudo com agricultores da região, cujas terras foram usadas para a construção do terminal.
7. AEROPORTO INTERNACIONAL VELANA, EM MALÉ (MALDIVAS)
Ainda na Ásia (apesar de muita gente desconhecer a localização das Maldivas). Foi inaugurado no início de julho o novo terminal do aeroporto que serve a capital, Malé, principal porta de entrada de turistas estrangeiros no famoso destino turístico. Também construído com investimento chinês, a extensão do Velana é inspirada nas ondas, algo apropriado para o país, um arquipélago com quase 1.200 ilhas. "Como nação insular, os aeroportos significam tudo para nós", disse Ibrahim Ali Habeeb, vice-diretor do Departamento de Projetos da Maldives Airports Company Limited na ocasião da abertura. "Eles nos conectam ao mundo — a todos os cantos do planeta. Muitos maldivos veem o aeroporto como um símbolo de nossa independência e liberdade”. Verdade, nunca tinha parado para pensar sobre a importância da aviação civil e de carga para ilhas afastadas do continente. O antigo terminal data de 1981 e já estava sobrecarregado. Agora, a expectativa do Velana é pular de 2 milhões de passageiros por ano para 7 milhões. Mas parece que nem tudo é um mar cristalino e os administradores enfrentam problemas. Na inauguração, a previsão do Velana, segundo o site da Condé Nast Traveller, era tornar o novo terminal operante em três meses, transferindo para ele todas as empresas aéreas que operam por lá. Mas em outubro, grandes companhias aéreas como a Emirates, Etihad e Qatar Airways continuavam operando no velho e defasado terminal, que mais parece um galpão em algumas partes. Os motivos, segundo o site The Flight Club, parecem ser logísticos: ainda havia obras para serem entregues e o tráfego de aeronaves de grande porte, com mais de 300 passageiros, é mais complexo do que o das aeronaves de corredor único das companhias aéreas regionais.
8. AEROPORTO INTERNACIONAL LONG THANH, EM CIDADE DE HO CHI MINH (VIETNÃ)
Eu fiquei na dúvida se incluía este novo aeroporto na cidade de Ho Chi Minh, no Vietnã (calma, esse é o último na Ásia) pois simplesmente a previsão de ser inaugurado é depois da publicação deste texto. Se tudo der certo, e vou orar para que seja, no dia 19 deste mês ele será oficialmente colocado em operação. Caso contrário, eu copio o texto e colo na matéria de retrospectiva que farei em dezembro de 2026 (brincadeira). Olha, vocês que não me aprontem essa marmota, administradores do Long Thanh. Mas ok, atrasos acontecem… Mas falando sério, o novo — e gigantesco — aeroporto fica distante 40 quilômetros da cidade e deve se tornar o principal do país quando estiver em plena operação. O trânsito aéreo vietnamita é bem grande. Em 2024, a rota entre a capital Hanói e Ho Chi Minh (maior cidade e centro financeiro do país) figurou na quarta colocação entre os voos domésticos em todo o mundo, com 10,6 milhões de assentos ofertados. Como comparação, os voos entre Rio (Santos Dumont) e São Paulo (Congonhas) somaram 5,6 milhões de assentos no mesmo período. Segundo a organização Airports Council International (ACI) World, até 2052 o Vietnã se tornará o décimo tráfego aéreo mais movimentado.
Bem, tudo isso para dizer que o país do sudeste asiático precisava mesmo inaugurar um aeroporto que se mostrasse à altura dos desafios impostos para as próximas décadas. O ritmo dos últimos retoques, segundo a imprensa local, é veloz, com as obras acontecendo 24h por dia (exceto a ampliação da movimentada rodovia de acesso à cidade, que está bem atrasada). Só em setembro o primeiro-ministro Pham Minh Chinh visitou o local oito vezes. A capacidade operacional para esta primeira fase é de 25 milhões de passageiros e 1,2 milhão de toneladas de cargas anualmente. A longo prazo, quando estiver totalmente implantado, espera-se que Long Thanh receba 100 milhões de passageiros e cinco milhões de toneladas de carga a cada ano. O novo aeroporto está situado em um raio de 30 quilômetros onde já se encontram instalados dois portos e uma zona industrial.
9. AEROPORTO DE MANCHESTER, EM MANCHESTER (INGLATERRA)
Quem também deu o ar da graça neste ano foi a expansão do Terminal 2 do aeroporto de Manchester, na Inglaterra. Em novembro, as companhias aéreas concluíram a mudança para a nova área, que custou £ 1,3 bilhão (o equivalente a R$ 9,2 bilhões). Todos os passageiros agora passarão pelo Terminal 2 (tem bem chamado de Super Terminal), exceto aqueles que voam com a Ryanair. As obras de melhoria e expansão do Terminal 3 continuam. Isso significa que grandes seções do Terminal 1, familiares a milhões de pessoas desde a década de 1960, foram fechadas (teve até matéria nostálgica na BBC). Cerca de três quartos dos 32 milhões de passageiros do aeroporto de Manchester agora passam pelo Super Terminal, que levou dez anos para ficar pronto. A migração das companhias aéreas foi concluída com as mudanças da Emirates e da EasyJet. A mudança da Emirates também representou um marco significativo, sinalizando a inauguração completa de um novo "píer" — uma das principais obras de infraestrutura entregues na segunda fase da transformação do Terminal 2. Até então, o Airbus A380 da companhia aérea — a maior aeronave de passageiros do mundo — só podia operar a partir de um portão no Terminal 1. Agora, novos portões no segundo píer do Terminal 2 foram utilizados pela primeira vez, permitindo que o A380 operasse a partir das novas instalações graças a pontes de embarque duplas.
E é com o belíssimo A380 que eu encerro essa longa, longa matéria de retrospectiva de 2025. Será que alguém chegou até aqui?
Quer ver mais belos, porém já não tão novos aeroportos? Clique aqui para ver a edição do ano passado desta matéria!